domingo, 10 de abril de 2011

Blogagem Coletiva - Maternidade Real



Quando vi este post no dia a dia com a Maria pensei, é tudo que queria expressar e não sabia como. Achava que esse sentimento só acontecia comigo e que estava sendo a pior pessoa/mãe por me sentir assim: cansada, muito cansada...
Ser mãe é sim maravilhoso, é muito bom depois de meses carregando uma vida, no meu caso duas, na barriga e depois ver os rostinhos, dá uma alegria, um sentimento inexplicável, mas não é moleza, não é nada fácil, ainda mais de gêmeos, não é nenhum conto de fadas pois qdo nasce um bebê ou dois ou mais, nasce ali também uma mãe, claro que procuro dar e fazer o melhor para meus filhos, mas a partir de agora vou me permitir a aprender ser mãe, sem cobranças de tudo perfeito, a mãe sempre disposta e bonita como nas novelas... Obrigada Amanda pelo post e por me permitir enxergar que sou a melhor mãe que posso ser.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aleitamento Materno e complemento no copinho

Meu sonho sempre foi amamentar meus bebês apenas com leite materno, mas infelizmente isso não está sendo possível.
Primeiro porque são dois bebês e conforme a pediatra deles, essa história de mãe de gêmeos amamentar somente no peito é mito, pois nunca será possível saciar os dois, ainda mais se tratando de meninos que são mais gulosos.
Segundo, não tenho tanto leite como gostaria, ou seja, não sou nenhuma “holandesa”, mas mesmo assim consigo amamentá-los, porém, eles estão tomando complemento no copinho, pois como nasceram prematuros não aprenderam a sucção no útero e terão que aprender aqui fora, mas se der o complemento na mamadeira, podem confundir os bicos e aí é que não pegam o peito mesmo...
Lutei bastante pra conseguir fazer com que eles mamassem, só no 5 dia eles pegaram de verdade, o leite ainda não desceu pra valer, mas somente o peito esquerdo, o direito eles não querem nem saber, será que só com eles isso acontece ou é normal? Bem, vamos tentando fazer com que peguem o peito direito também, enquanto isso vou amamentando com o esquerdo, dando complemento no copo e ficando monoteta...

Juliano

Vinícius

Como tudo aconteceu: Rompimento da bolsa até o parto.

No dia 19/01/2011 acordei às 6 da manhã e meu pijama estava todo molhado, meu marido e eu ficamos assustados, mas ao mesmo tempo na dúvida, será que vai nascer? A bolsa “estourou” ou fiz xixi na calça? Afinal ainda faltavam algumas semanas, pois estava com 34 e o previsto era que nascessem com 37 a 38 semanas...
Falei pro meu marido, não é nada... pode ir trabalhar, isso é normal, numa tranqüilidade de mãe já experiente... qdo levantei da cama, começou a escorrer um líquido e aí entrei em desespero, liguei chorando pra minha mãe e ela me mandou ir urgente pro hospital, pois pela minha descrição, a bolsa havia se rompido...
Como pais de primeira viagem e totalmente perdidos e nervosos, fomos para o hospital, chegando lá fui encaminhada diretamente para a maternidade, chegando lá fui muito bem atendida. Foi feito exame de toque e por ele foi percebido que, provavelmente, o rompimento era alto, na bolsa do bebê que estava atrás e, se confirmado com o ultrassom, talvez o parto deveria ser feito naquele mesmo dia... Aí o frio na barriga começou, pois vi que meus pequenos chegariam muito antes do que estávamos esperando e sentia que ainda não estava preparada...
Fui para o ultrassom, e lá o médico que me atendeu ficou com dúvidas, pois não era especialista, por isso, fui encaminhada ao laboratório fora do hospital, onde fiz todos os ultras com especialista. Lá o rompimento alto da bolsa de trás se confirmou, porém, seria possível “segurar” os bebês, pois havia líquido suficiente para eles ficarem em segurança por pelo menos mais duas semanas. Saindo do laboratório com esse diagnóstico, fui ao consultório da minha GO para saber a opinião dela, assim que viu o exame, concordou que daria para esperar mais um pouco para o parto, pois assim os bebês e seus pulmões nasceriam um pouco mais maduros e o risco de ter que deixá-los no hospital seria menor. Porém, a partir desse dia não poderia mais trabalhar e nem dirigir, deveria ficar de repouso absoluto, saindo de casa apenas para fazer o ultra a cada dois dias para monitorar a quantidade de líquido que ainda restava, pois continuei perdendo, em menor quantidade, mas cada dia perdia um pouco, devia monitorar e se a quantidade que estava saindo aumentasse, deveria me dirigir ao hospital...
Voltamos ao hospital, lá também viram o resultado do ultra e fui dispensada, neste dia ficamos das 7 às 19h no hospital e laboratório, mas tudo era preciso pra minha segurança e dos bebês.
Bem, os dias foram passando e a cada dois dias fazia o ultra pra verificação do líquido e dos bebês, como estava tudo. Fiz o ultra na sexta dia 21/01, tudo normal, passou o final de semana e na segunda dia 24/01 fiz outro ultra e, como esperado, tudo normal, a médica até estava animada, pois os bebês já tinham passado de dois quilos e se resolvessem nascer antes das duas semanas planejadas, nasceriam em segurança, pois já tinha tomado as injeções para amadurecimento dos pulmõezinhos deles, como prevenção e com o peso que estavam, o risco de ficarem na maternidade era menor...  o que me deixava mais tranqüila. Neste mesmo dia, depois do ultra, cheguei em casa e fiquei descansando, pois com aquela barriga toda, me cansava muito fácil e estava um calor muito forte o que aumentava o cansaço, como já estava “enorme” e não podia me esforçar, devido à perda de líquido, um dia jantávamos na minha mãe e outro na minha sogra, estava sendo tão mimada... isso é muito bom, receber o carinho das pessoas que vc ama e ver que elas estão por perto e cuidando de vc.  Meu marido chegou do trabalho, tomou banho e qdo me levantei do sofá pra irmos à minha mãe, nossa... derramou muito líquido, ficamos atordoados, não sabíamos se íamos ao hospital ou se íamos pra minha mãe... Como essa perda maior de líquido parou e estava “morrendo” de fome, decidi que iríamos jantar e se voltasse a acontecer, iríamos ao hospital, sei lá, pode ter sido imprudência da minha parte mas acredito que por estar perdendo o líquido há alguns dias, me senti segura com essa decisão...
Fomos à casa da minha mãe, jantamos e lá aconteceu de novo, então, imediatamente, fomos pra casa pegar as coisas e corremos para o hospital.
Chegando lá, fiz o exame de toque e foi constatado a maior perda de líquido, mas ainda tinha esperança de ser mandada pra casa, porém, meu marido e eu ouvimos, ela vai ser internada para fazermos o parto... nessa hora meu coração disparou, meu marido ficou nervoso e ansioso, pois era tudo novo pra nós dois e por mais claro que estivesse, ainda tinha esperança de conseguir “segurá-los” na barriga por mais alguns dias, mas eles não queriam mais ficar guardadinhos lá...
Meu marido fez minha internação as 22:30 e ficou todo o tempo comigo na sala de pré-parto. A orientação médica seria que devido ao rompimento da bolsa, os bebês corriam risco de infecção, então, eu tomaria três doses de antibióticos a sim de prevenção, seria as 23:00, 3:00 e as 7:00 para as 9:00 ocorrer o parto. Ok, orientação acatada, primeira dose aplicada e a espera angustiante na sala de pré-parto começava... Porém os bebês não queriam esperar todo esse tempo, nossa ele se mexiam sem parar, nunca tinham mexido daquele jeito, meu marido, tadinho, era um cuidado só, estava tão nervoso, mas não queria deixar que eu o sentisse assim, ficou todo o tempo comigo, todo carinhoso... Com o passar do tempo, comecei a sentir umas cólicas que depois fui saber que eram contrações, fui medicada pra cortar a dor, mas ela só aumentava, então veio a notícia, como a dor não está passando vamos dar a segunda dose do antibiótico e fazer o parto em seguida, nossa, aí as pernas amoleceram, o coração acelerou, afinal meus pequenos que estavam previstos pra nascerem por volta do dia 15 de fevereiro, nasceriam naquele dia, 25 de janeiro com 35 semanas de gestação... mas se era a vontade de Deus e se eles estavam com tanta pressa de conhecer esse mundo aqui, quem seria eu para impedir... e assim foi, entrei na sala de parto as 2:55 da madrugada, as 3:20 nasceu o Vinícius com 2.475kg e 46,5cm e as 3:21 nasceu o Juliano com 2.630kg e 47 cm, a emoção foi muito grande, papai e eu não nos contínhamos de alegria, era muita felicidade pra nós dois. Papai não sabia se tirava fotos ou se ficava ali parado admirando as crias...